CNPq aprova Projeto liderado pela Fiocruz Ceará para capacitar profissionais que atuarão em ambientes de alto nível de contenção biológica

O treinamento de equipes será para laboratórios de alto nível de biossegurança, estruturas de elevada complexidade. (Biotério da Fiocruz Paraná – Foto de Itamar Crispim)

A Fiocruz não tem medido esforços para levantar as necessidades das equipes e processos de gestão das áreas laboratoriais e biotérios de nível de biossegurança 3. Como resposta, em janeiro de 2022, a instituição criou o grupo de atuação e áreas de nível 3, no âmbito da Vice-presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas da Fiocruz (VPPCB).

Com o objetivo de treinar equipes em biotérios de nível de biossegurança 3 para a Fiocruz, o tecnologista da Fiocruz Ceará, Giovanny Mazzarotto, tem promovido o intercâmbio das equipes dos biotérios entre as unidades regionais. Buscando fortalecer a iniciativa, ele teve um projeto aprovado, em novembro de 2022, no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), no valor de R$ 307 mil, para capacitar recursos humanos que irão trabalhar em laboratórios de alto nível de biossegurança.

A Chamada CNPq/MCTI-FNDCT CT-Transversal Nº 29/2022 apresenta duas linhas: A primeira envolve bolsas de pós-doutorado e de desenvolvimento tecnológico e inovação no exterior enquanto a segunda linha, proposta aprovada de Mazzarotto, envolve a missão de equipes para o exterior, buscando capacitar profissionais nas áreas de projeto, comissionamento, certificação, operação, gestão e manutenção de ambientes/instalações de alta contenção biológica.

Esse projeto, sob a coordenação da Fiocruz Ceará e participação de equipes da Fiocruz Paraná, recebeu uma carta diplomática de apoio da Plataforma Internacional para Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde (PICTIS), junto com a Universidade de Aveiro, em Portugal. “Esse apoio reforça o papel da PICTIS, sob coordenação do pesquisador da Fiocruz Ceará, José Luís Passos Cordeiro, em prestar o apoio diplomático em solo europeu para as inciativas dos pesquisadores da Fiocruz”, enaltece Mazzarotto.

O tecnologista e coordenador do projeto informa ainda que, com a aprovação na chamada pública do MCTI, uma equipe de bioteristas será treinada em Portugal para atuar como multiplicadores para outros biotérios da Fiocruz. “A Fiocruz Ceará, a pedido da VPPCB e VPGDI da Fiocruz, tem sido responsável pela coordenação de iniciativas que beneficiam toda a Fiocruz.

O estabelecimento de atividades com participação da PICTIS, de outras Unidades Regionais da Fiocruz, sob coordenação da Fiocruz Ceará, também tem o objetivo de estabelecer equipes capacitadas em áreas de alta contenção para prestar suporte para a Rede de Norte e Nordeste de Vigilância que está sendo criada.

Saiba mais

O treinamento de equipes será para laboratórios de alto nível de biossegurança, estruturas de elevada complexidade. Destinam-se ao armazenamento e à manipulação de patógenos biológicos de alto risco para a saúde humana e animal, e defesa vegetal. São infraestruturas tecnológicas especializadas para a execução de trabalhos de diagnóstico e experimentais em total isolamento, protegendo o operador, o meio ambiente e a comunidade.

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