Pesquisa conclui curso com ACS e avalia impacto da violência e da Covid-19 em processos de trabalho

A Fiocruz Ceará, em parceria com o grupo COVIO (Laboratório Conflitualidade e Violência da UECE), concluiu, na última quarta-feira (7/6), o “Curso de Aperfeiçoamento Cuidando dos conflitos e prevenção à violência nos territórios”. Realizado durante os meses de abril, maio e junho deste ano, com sete encontros e carga horária geral de 40h, o curso faz parte de um projeto de pesquisa financiado pela Fundação Lemann / Harvard, Funcap e PMA-Fiocruz.

“Durante a pesquisa, percebemos que a questão de saúde mental dos agentes de saúde está muito afetada, principalmente por conta da violência. Daí a importância de tentar fortalecer esse agente, através de ferramentas de autocuidado, autoconhecimento, comunicação não-violenta, círculos de construção da paz, e mediação de conflito, que os ajude a lidar com a violência, já que não podemos mudá-la”, pondera Anya Vieira-Meyer, coordenadora geral da pesquisa.

Com condução do COVIO e em parceria com a Fiocruz Ceará e a Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza, o curso atuou na formação de 20 agentes comunitários de saúde. “Esta deve ser uma formação piloto. A partir dela, deveremos avaliar seus efeitos e pensar numa proposta mais abrangente em termos de números de agentes”, avalia Anya.

Com oficinas, utilizando metodologias que envolvem a mediação de conflitos e abordagens restaurativas, o curso busca oportunizar vivências preliminares de práticas que contribuam para o distensionamento das relações interpessoais no contexto da atividade laboral, além de promover momentos de experiências de cuidados e autocuidados, reconhecimentos pessoais e humanos e ainda possibilitar reflexão teórico-prática das metodologias de diálogo para a atuação cotidiana.

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