Projeto Viral Maps Endemias da Fiocruz Ceará é aprovado no Programa Inova/SVS
O projeto de pesquisa Viral Maps Endemias da Fiocruz Ceará foi aprovado no Programa Inova/SVS do Ministério da Saúde, em parceria com a Fiocruz e a Biominas Brasil. O Programa recebeu 286 inscrições e selecionou 10 equipes de pesquisadores, professores e profissionais do setor, com pesquisas e ideias voltadas para emergência em saúde pública.
O projeto de pesquisa, coordenado pelo Professor Galba Freire Moita, pesquisador da Fiocruz Ceará, propõe um sistema de predição de focos das principais arboviroses (vírus da dengue, Zika vírus, febre chikungunya e febre amarela) circulantes no Brasil, com objetivo de produzir diagnósticos confiáveis para validar os modelos matemáticos de alerta de ocorrências de agravos à saúde decorrentes das condições ambientais e os modelos de variáveis ecológicas e ambientais que tem impacto nas epidemias. O Viral Maps Endemias também conta com a colaboração do pesquisador José Luiz Cordeiro da Fiocruz Ceará e pequisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC) e do Instituto Federal do Ceará (IFCE).
A abordagem consiste na análise dos dados das infecções para se identificar quais modelos epidemiológicos generalizados melhor se ajustam aos dados reais. Nesta etapa, a análise espaço-temporal dos dados deverá fornecer novas informações sobre a dinâmica das arboviroses, permitindo identificar padrões no ciclo das doenças localizados na região de interesse.
O Inova SVS/MS é um programa de pré-aceleração que objetiva identificar oportunidades junto à pesquisadores e empreendedores de todo o Brasil, para o desenvolvimento de soluções que possam resolver lacunas relevantes do sistema público de saúde nas áreas de detecção oportuna; monitoramento de dados, informações e indicadores; resposta; comunicação de risco.
Combina capacitação, modelagem de negócios e competição entre as equipes.
Nessa etapa do Programa, as equipes selecionadas terão suas propostas testadas e validadas. Os profissionajs também estudarão modelos de comercialização, aplicação de pilotos e provas de conceito, e terão a oportunidade de encontrar mercado/usuários e desenvolver novas habilidades a partir de uma metodologia direcionada que combina capacitação, modelagem e competição, com duração aproximada de dez semanas. Já o laboratório de campo deverá acontecer no núcleo de arboviroses da Secretaria de Saúde de Fortaleza. Os participantes do programa terão, ainda, oportunidade de interação com as áreas técnicas do Ministério da Saúde para aplicarem suas tecnologias no Sistema Único de Saúde (SUS).
Sobre arboviroses
Segundo o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde sobre arboviroses, a dengue somou 823.738 casos prováveis e uma taxa de incidência de 392,0 casos por 100 mil habitantes, em 2020. A chikungunya teve 47.105 casos prováveis, com uma taxa de incidência de 22,4 casos por 100 mil habitantes. Já a zika aponta para 3.692 casos prováveis em 2020, com uma taxa de incidência de 1,8 casos por 100 mil habitantes.