Fiocruz Ceará visita Plataforma Científica Pasteur – USP

A Fiocruz Ceará, integrou, no último dia 8, a comitiva liderada pela diretora do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), Tania Cremonini de Araujo-Jorge, que visitou às instalações da Plataforma Científica Pasteur-USP (SPPU, na sigla em inglês). Os pesquisadores, entre eles o tecnologista da Fiocruz Ceará Giovanny Mazzarotto, conheceram os Laboratórios de Nível de Biossegurança 3 (NB3) da Plataforma e discutiram possibilidades de readequar os NB3 do IOC para prepará-los para estudos com animais.

Com mais de 20 anos de experiência na área de Ciência de animais de Laboratório, Mazzarotto foi convidado a integrar de forma permanente o Comitê, pelo Vice-presidente de Gestão e Desenvolvimento Institucional da Fiocruz, Mário Moreira. Ele foi responsável pela idealização e estruturação do Laboratório de Criação e Experimentação Animal da Fiocruz do Paraná. Trata-se de estrutura moderna com mais de 2500 m2  e equipamentos especializados. Operando em modelo de plataforma, com equipe técnica de biólogos e veterinários especializados na assessoria de construção de biotérios, fornecimento de animais livres de patógenos específicos para pesquisa e diversos outros serviços em experimentação, já atendeu mais de 16 instituições em todo o Brasil. Esse tipo de plataforma está sendo estudado como modelo para ser implantado em outras unidades da Fiocruz.

Na Fiocruz Ceará, as discussões sobre a criação de um biotério no campus já começaram. Em julho, o grupo da Biotecnologia recebeu a visita da equipe do NPDM, o biotério da Universidade Federal do Ceará, para a elaboração de um pré-projeto para o layout do terceiro pavimento e da sala de experimentação animal, no bloco de pesquisas. 

Para Mazzarotto, embora o debate seja embrionário, a participação da Fiocruz Ceará em iniciativas institucionais e articulações com outras instituições no Brasil, é essencial para facilitar o processo de implantação de áreas de experimentação animal. “Essa participação ativa pode ser um facilitador para a implantação de áreas de experimentação animal, aporte de recursos financeiros, apoio logístico de recebimento de animais, entre outros serviços, quando de fato a Fiocruz Ceará decidir que é o momento oportuno,” explicou.

A estruturação de novos biotérios Nível de Biossegurança 3 (NB3) é de interesse de toda a comunidade científica da Fiocruz. O comitê de Experimentação Animal da Fiocruz, está fazendo um mapeamento para levantar os dados e principais desafios das regionais, além de promover o intercambio entre os profissionais das unidades para compartilhamento de informações e treinamento conjunto das equipes.

A reformulação dos laboratórios preparando-os para estudos com animais, amplia a capacidade da Fiocruz em desenvolver pesquisas de medicamentos, vacinas e tratamentos para a Covid-19 e outras doenças infecciosas

Saiba mais

Os animais usados em projetos de pesquisa na Fiocruz vivem em ambientes especiais, chamados biotérios. Os animais utilizados em pesquisas podem ter status diferenciados, como livre de germes patogênicos específicos (SPF, na sigla internacional), livres totalmente de patógenos (germ free) e convencionais, cabendo a escolha ao pesquisador de acordo com a pesquisa a ser desenvolvida.

Os biotérios trabalham com roedores – camundongos, que representam cerca de 90% do total dos animais utilizados, além de cobaias, ratos e hamsters –, coelhos e primatas. Para cada tipo de pesquisa existe um protocolo.

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