Fiocruz Ceará debate Política de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora

A Fiocruz Ceará, através da Saúde do Trabalhador, em parceria com a Coordenação de Saúde do Trabalhador (CST/Cogepe) realizou, na última quarta-feira (19/11), encontro para debater a Política de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora da Fiocruz. A iniciativa está sendo realizada em todas as unidades e escritórios da instituição e busca reunir contribuições de toda a comunidade, fortalecendo a construção coletiva da política e assegurando que diferentes perspectivas possam ser ouvidas. No Ceará, Marcello Rezende do Núcleo de Psicologia e Serviço Social (NUPPS/CST) fez a mediação do debate que contou com a participação de Lucas Suisso (NUPPS/CST), Luciana Lindenmeyer (representante da ASFOC) e Janaína Oliveira (ST Fiocruz Ceará).
Durante o encontro, os trabalhadores e trabalhadoras da instituição debateram sobre o Decreto nº 11.228, de 07 de outubro de 2022, que institui a Política de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora da Fundação Oswaldo Cruz. O documento se pauta nas bases legais nacionais e internacionais, e alinha-se com as normativas e políticas institucionais consideradas, assim como o conjunto de diretrizes e documentos de referência elaborados pela Coordenação de Saúde do Trabalhador (CST), considerando a transversalidade das ações de saúde do trabalhador e o trabalho como um dos determinantes do processo saúde-doença. Em seu artigo ratifica que “considera-se como trabalhadores e trabalhadoras para efeitos desta política, todas as pessoas que dedicam sua força de trabalho à Fiocruz, em sua diversidade regional, laboral, étnica, geracional, sociocultural e hierárquica, respeitadas as respectivas singularidades”.


Dentre quesitos de sua finalidade, o documento propõe assegurar a preservação e o cuidado com a saúde dos trabalhadores e das trabalhadoras; promover a atenção integral à saúde, que envolve atividades de vigilância dos ambientes e processos de trabalho, ações de promoção, prevenção e assistência à saúde em situações que estejam relacionadas ao trabalho; garantir a preservação e o cuidado com a saúde do trabalhador e trabalhadora, considerando a diversidade de ambientes, vínculos, territórios, processos laborais e da própria força de trabalho enquanto valor inegociável da Fiocruz e alinhamento das ações e diretrizes em saúde do trabalhador, tendo a Coordenação de Saúde do Trabalhador como instância reguladora e de referência.
De forma participativa, os trabalhadores e trabalhadoras discutiram o documento e propuseram sugestões, que serão analisadas de forma conjunta. As contribuições pertinentes e convergentes deverão ser incorporadas ao texto final.

Luciana Lindenmeyer, diretora da ASFOC, ratifica a participação da entidade em todos os momentos coletivos de discussão sobre o tema e enaltece a participação da comunidade nos encontros. “Temos total noção de que uma política dessa não pode ser construída sem a participação concreta dos trabalhadores e trabalhadoras. Por isso valorizamos cada contribuição que possa ajudar a orientar e dar subsídios para que a gente avance em várias questões, mas tudo com a participação coletiva e concreta dos trabalhadores e trabalhadoras neste do processo”, defende.
Janaína Oliveira, representante da Saúde do Trabalhador da Fiocruz Ceará, também enalteceu a relevância da assembleia. “Ela foi um importante passo para que possamos entender de forma mais efetiva a demanda dos trabalhadores e das trabalhadoras da Fiocruz Ceará, não apenas para ajuste da política, mas também para que possamos fazer uma Saúde do Trabalhador mais participativa e que acolha todas as necessidades, independente de vínculo profissional. A ideia é analisar todas as considerações do debate e seguir um planejamento de estruturação do setor nos próximos meses, garantindo um espaço de acolhimento em ambiente físico e oferta de serviços relacionados a Saúde do Trabalhador”, considera.
Marisa Augusta de Oliveira, coordenadora de Saúde do Trabalhador da Fiocruz, considera esta mais uma importante etapa para a consolidação da Política de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora. “Nosso propósito é garantir que a política reflita a diversidade de olhares e experiências das trabalhadoras e dos trabalhadores da Fiocruz, independentemente do tipo de vínculo, contribuindo para uma construção coletiva e participativa. A discussão, aprovação e implementação desta política é uma das prioridades institucionais e conta com o apoio irrestrito da Presidência e Diretoria-executiva”, ratifica.
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