Fiocruz Ceará debate criação de pós graduação em saúde e ambiente

A Fiocruz Ceará iniciou nesta segunda-feira (17/02), mais uma etapa do processo para a criação do Programa de Pós Graduação em Saúde e Ambiente. O debate acontece desde 2019, buscando dialogar com as necessidades de desenvolvimento científico regional com foco na construção compartilhada de conhecimento, envolvendo outros tipos de saberes, para além do acadêmico.

O evento, que acontece até a próxima quarta-feira (19), na sede da Fiocruz Ceará, reúne diversos atores nos seminários e oficinas relacionados ao tema, coordenados pelo pesquisador Fernando Carneiro. 

As crescentes demandas e contradições sociais aliadas a urbanização e industrialização desordenadas agravam os problemas de saúde da população. O excesso de pesticidas, os novos hábitos alimentares e as mudanças nos ambientes também contribuem para os riscos existentes, atualmente no Brasil. Aliado a tudo isso, a falta de profissionais capacitados, docentes e pesquisadores da área de saúde e ambiente tornam ainda mais necessária, a implementação de medidas que reduzam tais condições.  

A primeira roda de conversa sobre os desafios para a implementação da pós, foi realizada com as falas de Marcelo Firpo (NEEPES/ENSP), Guilherme Franco Netto (VPPAPS); Leandro Araújo (RESSADH, MST, Rede de Médicas e Médicos Populares) e o debatedor João Arriscado da Universidade de Coimbra.

Entre os desafios, promover um curso transdisciplinar e inovador envolvendo a comunidade, transformando-a em protagonista e assim, popularizar o saber. O Programa é voltado para profissionais com formação superior, atuantes nas várias áreas do conhecimento passiveis de integração à temática: Saúde e Ambiente.

Criada em 2015, alinha ao Plano Diretor da Fiocruz Ceará, a área de Saúde e Ambiente estuda a realidade ambiental e epidemiológica do Estado na perspectiva de contribuir com a sustentabilidade socioambiental da região e seu desenvolvimento científico. Os pesquisadores desenvolvem projetos de pesquisa, formação e cooperação com foco nas populações do campo, da floresta, das águas e de áreas urbanas vulneráveis.

Entre os eixos trabalhados, o impacto de processos produtivos em grandes empreendimentos na saúde; atenção primária em saúde, ambiente e trabalho; saúde, saneamento, água e direitos humanos; formas sustentáveis de usufruto do território; biodiversidade e saúde; abordagem One Health (saúde única) e toxicologia ambiental.

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