Encontro virtual reúne Mário Moreira e a comunidade da Fiocruz Ceará

Debater o presente e o futuro da Fiocruz, tanto no Ceará quanto país. Esta foi a pauta do encontro virtual, realizado na manhã desta sexta-feira (10/03), que reuniu o presidente em exercício Mário Moreira, servidores e colaboradores da instituição no Ceará. Em processo eleitoral, iniciado em 27 de fevereiro até o 21 de março, Mário apresenta seu nome em candidatura única e encaminha agendas paralelas das duas funções. A eleição para a Presidência da Fiocruz acontecerá nos dias 22, 23 e 24 de março, com a apuração no dia 24 e homologação do resultado no dia 27 do mesmo mês.  

A Coordenadora Geral da Fiocruz Ceará, Carla Celedônio iniciou a reunião saudando os participantes e agradecendo a disponibilidade de Mário de dialogar com os servidores da Fiocruz Ceará. Ela destacou o apoio incondicional da Presidência desde a concepção da instituição no Estado, nas gestões de Paulo Gadelha, Nísia Trindade e atualmente de Mário Moreira; ressaltou a articulação com o Governo do Estado, nas gestões de Cid Gomes, Camilo Santana e agora com o governador Elmano de Freitas; agradeceu o apoio das Vice-Presidências e enalteceu ainda os atores que conduziram a Fiocruz Ceará ao longo dos quase 15 anos de atuação no estado, dentre eles o ex-coordenador Carlile Lavor e todos os servidores e colaboradores. “Por tudo isso a Fiocruz Ceará tem se desenvolvido e se consolidado como protagonista na Ciência no Estado”, ratifica. A gestora exemplificou esse crescimento citando a implantação da plataforma do Instituto Pasteur e dos laboratórios de desenvolvimento de Bio-Manguinhos no campus ainda neste primeiro semestre.  

Em sua intervenção, Mário Moreira contou sobre sua trajetória de 40 anos na vida pública, sendo 30 anos dedicados à Fiocruz. Ele destacou os últimos anos, enquanto vice-presidente de Gestão e Desenvolvimento Institucional (VPGDI).  

Cenário favorável

O candidato à Presidência da Fiocruz destaca que a realização da eleição neste momento é “motivo para celebrar”, uma vez seu encaminhamento deriva do convite aceito por Nísia Trindade para assumir o Ministério da Saúde. “Ela pediu o afastamento ainda em dezembro de 2022, quando encarou o desafio de compor a equipe de transição, sendo confirmada sua saída com a nomeação em janeiro deste ano. Contabilizando, já estou há três meses como presidente interino”, reforça. 

Mário considera a condução da Fiocruz neste novo cenário favorável à Ciência, ao SUS e ao país um grande desafio. “Depois da troca de governo, queremos reafirmar a Fiocruz como uma instituição de Estado. A pandemia foi exemplo claro disso, quando atuamos de forma contrária ao que defendia o antigo governo e, a partir de então, nos tornamos reconhecidos nacionalmente. Se a pandemia trouxe algo positivo, podemos dizer que saímos fortalecidos e atuantes na popularização e projeção da Ciência”, enaltece. 

Segundo Mário, “vivemos um período em que a Ministra da Saúde tem conhecimento profundo da área, reconhece a importância da Ciência e da Tecnologia e atua com demais ministros que defendem o desenvolvimento do ponto de vista da inclusão. Passamos seis anos da defensiva, mas é hora de mudar a chave, com competência política e institucional”, defende Mário Moreira. 

Novos desafios

Para que a Instituição continue o importante trabalho que já vem desenvolvendo há mais de 120 anos, Mário defende mais valorização para os recursos humanos, melhores condições de funcionamento e financiamento adequado. “Para que a Fiocruz avance e se torne, de fato, uma instituição de Estado, é hora de colocar na mesa nossos projetos e reivindicar processos para que se projete ainda mais no futuro”. Dentre as reivindicações defendidas pelo presidente em exercício estão o pedido para a realização de concurso público e para o avanço na negociação salarial. “Não dá para atuar de forma relevante e não ter esse reconhecimento do governo”, considera. 

Em atenção às falas dos servidores da Fiocruz Ceará presentes na conferência, Mário Moreira destacou ainda a importância de revisitar o estatuto da Fiocruz, concebido há 20 anos. “Ele não reflete mais a atuação da instituição, atualmente mais plural nas ações desenvolvidas. Queremos revisar, atualizar e adequar este documento e também transformá-lo em lei, buscando definir o papel da Fiocruz, seu posicionamento político e institucional. Há muito a ser feito e devemos aproveitar este contexto positivo para projetar no futuro a Fiocruz que queremos. É hora de juntos, ajudarmos na reconstrução do país. Conto com a participação de todos neste processo, sinto-me apto, capacitado e motivado para esta tarefa; acredito na Fiocruz, tenho orgulho e noção da nossa responsabilidade neste momento de contribuir para a reconstrução”, avalia. 

Ao longo da conferência foi facultada a palavra, onde os servidores puderam participar, dialogar e debater sobre a atuação da Fiocruz no Ceará. Carla Celedônio encerrou o encontro agradecendo a aproximação com a Presidência. “Conte com nosso apoio recíproco para a sua candidatura e para o fortalecimento da Fiocruz e do SUS. Vamos juntos, com o Presidente Lula e a ministra e Nísia, reconstruir o país”. 

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