Mulheres Negras e Ciência: Evento online da Fiocruz promove reflexão e celebração do ‘Julho das Pretas’

A atividade foi transmitida pelo YouTube da VídeoSaúde Distribuidora e marca a luta e resistência da mulher negra para reafirmar a necessidade de enfrentar o racismo e o sexismo até os dias atuais.

No último dia 26 de julho, o Comitê Pró-Equidade de Gênero e Raça da Fiocruz, em parceria com a Coordenação de Equidade, Diversidade, Inclusão e Políticas Afirmativas (CEDIPA), realizou um evento online intitulado ‘Mulheres Negras e Ciência: Identidade, Protagonismo e Poder’. A transmissão foi feita através do canal da VídeoSaúde Distribuidora no YouTube e contou com o apoio da Fiocruz Ceará e Fiocruz Piauí, em comemoração ao ‘Julho das Pretas’.

A atividade alusiva ao 25 de julho, Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana, Caribenha e da Diáspora foi apresentada pela coordenadora adjunta da Fiocruz Piauí, Elaine Nascimento, e mediada pela coordenadora da CEDIPA Fiocruz, Hilda Gomes. O encontro contou com a participação da professora do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ) e do Programa de Pós-Graduação em Bioética, Ética Aplicada e Saúde Coletiva (PPGBIOS/FIOCRUZ), Jaqueline Gomes de Jesus; da assessora especial do Departamento de Doenças Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Emily Karle Conceição; e da Travesti Negra Amazônida, pesquisadora do Movimento Mulheres Negras Decidem e integrante do Fórum Nacional de Travestis e Transexuais Negras e Negros – FONATRANS, Ayra Dias; que trouxeram suas perspectivas e experiências para a discussão, enfatizando a importância da presença das mulheres negras na ciência e em outras áreas de atuação, bem como o papel fundamental dessas mulheres na construção de uma sociedade mais justa, igualitária e inclusiva.

A servidora e analista de Gestão e Saúde da Fiocruz Ceará, Luciana Lindenmeyer, destaca que o “O ‘Julho das Pretas’ não busca ser apenas um evento anual, mas sim uma ação contínua que visa catalisar mudanças efetivas na sociedade. Por meio de suas iniciativas, o movimento pretende promover a inclusão de mulheres negras em todas as esferas da sociedade, além de destacar a luta e resistência da mulher negra para reafirmar a necessidade de enfrentar o racismo e o sexismo até os dias atuais”, pontua a servidora.

Com o encontro ‘Mulheres Negras e Ciência: Identidade, Protagonismo e Poder’, a Fiocruz reafirma seu compromisso com a equidade de gênero e raça, promovendo discussões importantes para a construção de uma sociedade mais inclusiva e representativa para todas as mulheres, em especial as mulheres negras, que têm desempenhado um papel extremamente importante no desenvolvimento científico e social do país.

Informações

O ‘Julho das Pretas’ é uma celebração que vai além de uma data específica e engloba todo o ano, sendo uma construção cotidiana e coletiva de conscientização, luta e resistência da mulher negra, não só no Brasil, mas também no mundo. Essa importante ocasião foi criada em 2013 pelo Instituto Odara, em Salvador – Bahia, como uma forma de marcar a necessidade contínua de combate ao racismo e sexismo na sociedade contemporânea.

No Brasil, a data também é celebrada pelo Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Tereza de Benguela foi uma líder quilombola de destaque que resistiu à escravidão durante duas décadas no século XVIII, lutando pela comunidade negra e indígena que vivia sob sua liderança.

Clique aqui e assiste a transmissão na íntegra.
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