LARIISA vai apresentar proposta de linha de pesquisa e Doutorado em Saúde Digital
Os pesquisadores do Laboratório de Redes Inteligentes e Integradas em Saúde Digital (LARIISA) realizaram em 22 de setembro, uma reunião virtual que retomou as atividades de planejamento do Programa de Pós-graduação Profissional em Saúde Digital – Mestrado e Doutorado. O encontro reuniu cerca de cinquenta pesquisadores do LARIISA e de instituições parceiras nacionais e internacionais.
A reunião deu continuidade a um processo iniciado em 2019, onde os pesquisadores construíram uma apresentação de Propostas para Cursos Novos (APCN) para a Pós-graduação em Saúde Digital. O processo de construção conjunta resultou na consolidação e fortalecimento do Laboratório LARIISA, que tem mais de dez anos desenvolvendo pesquisas no campo interdisciplinar da saúde digital.
Do grupo fazem parte pesquisadores da Fiocruz CE, PE, BA e RJ, Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal do Piauí (UFPI), Instituto Federal do Ceará (IFCE) e agora conta com a colaboração internacional da Universidade Nova de Lisboa, Portugal. Fazem parte ainda do LARIISA pesquisadores do Instituto Ageu Magalhães (Fiocruz PE) e Instituto René Rachou (Fiocruz MG) e também do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) e Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs – Fiocruz BA).
Segundo o pesquisador da Fiocruz, professor Odorico Monteiro, o grupo se reuniu para fazer uma avaliação da APCN já aprovada pela Fiocruz, UFC e IFCE e que aguarda tramitação na CAPES. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES),
Enquanto isso, o LARIISA apresentará uma proposta de criação de uma turma especial de Doutorado em Saúde Digital, que deve ter início já a partir de 2021. O curso deve ser ofertado pela Fiocruze contará com a participação efetiva de todos os pesquisadores integrantes do LARIISA, nas áreas de docência, planejamento e orientação.
Odorico acrescentou que a oferta da turma terá o objetivo de atender à demanda de mestres que pretendem continuar suas pesquisas na área de Saúde Digital. Tendo em vista a suspensão das atividades que envolvem a criação de novos cursos pela CAPES, por conta da pandemia, a Fiocruz deve dar início ao programa.
O LARISSA aprovou também a apresentação de uma proposta de abertura de linha de pesquisa em Saúde Digital à Fiocruz Ceará, que atualmente conta com linhas de pesquisas nas áreas de Saúde da Família, Biotecnologia e Meio Ambiente.
O pesquisador-sênior da Fiocruz, Manoel Barral Netto, ressaltou que a solução posta em discussão é a mais viável para reparar o atraso causado pela pandemia, visto que diversos profissionais estão no aguardo do lançamento dessas turmas, mas a CAPES está com as temporariamente atividades suspensas. “A visão dentro da Instituição é uma visão positiva do processo. Não dá para esquecermos que estamos em um momento atípico mundialmente, então precisamos fazer o que é possível dentro dessa situação”, afirma em referência à pós-graduação em Saúde Digital.
O professor Wilson Savino, coordenador de Estratégias de Integração Nacional da Fiocruz, destacou a importância de haver estratégias interconectadas para elevar o patamar da Fundação como um todo e se pôs à disposição do programa para orientações futuras no projeto logístico e administrativo da turma especial. Concluiu refletindo sobre a saúde pública, afirmando que a inclusão da saúde digital para a população de forma abrangente é algo extremamente positivo, na sua visão.
A coordenadora da Rede Nordeste de Formação em Saúde da Família (RENASF) e pesquisadora da Fiocruz Ceará, Anya Vieira Pimentel, auxiliou na concepção da APCN, visto que já esteve à frente do projeto de elaboração de pós-graduação na RENASF. “Ensino, pesquisa e serviço fazem o grande diferencial. Juntar pessoas de óticas diferentes nos faz mais fortes” concluiu a pesquisadora que reiterou apoio ao projeto.
O pró-reitor de pesquisa, inovação e tecnologia do IFCE, Wally Menezes, reforçou que o grande diferencial da proposta é a possibilidade de aproximar a saúde digital da indústria, transformando conhecimento em produtos e riquezas. Acrescentou também que a aplicação desses conhecimentos em tecnologias disruptivas para a saúde é extremamente necessário, haja vista que o Brasil ainda precisa evoluir muito nesse quesito.
O professor Odorico Monteiro enfatizou a importância do Portal LARIISA – Saúde Digital como espaço de conteúdo informativo e colaborativo. Finalizou, citando o desejo de criar um ambiente de inovação e empreendedorismo para impulsionar o ecossistema inovador na área da saúde em suas diversas fases do ciclo de desenvolvimento.
No planejamento, o grupo concordou com o resultado final da APCN e constatou a possibilidade futura de um consórcio para apoiar atividades práticas do programa.
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