A construção do Complexo Tecnológico em Insumos Estratégicos (CTIE), em Eusébio (CE), de Bio-Manguinhos/Fiocruz, está em fase de elaboração do projeto executivo das áreas administrativa, de Desenvolvimento Tecnológico e do almoxarifado. A previsão é que as obras desta primeira fase se iniciem até o final deste ano. Em paralelo, estão em discussão os projetos das instalações de produção de ingredientes farmacêuticos ativos (IFAs), que serão construídos em etapa posterior.
Na planta de Eusébio (CE) serão produzidos, inicialmente, os IFAs de diversos biofármacos, fruto de parcerias que Bio-Manguinhos tem em andamento. A produção acontecerá em diferentes plataformas, tais como E. Coli, CHO, SP2 e células vegetais, ampliando a gama de produtos a serem ofertados à população.
As futuras instalações foram projetadas para atender às Boas Práticas de Fabricação (BPF), as Boas Práticas Laboratoriais (BPL), e as exigências dos órgãos ambientais. Além disso, o empreendimento possuirá almoxarifado BPF, almoxarifado técnico e depósito de inflamáveis; áreas de controle, garantia da qualidade e manutenção além de áreas administrativas, centro médico, brigada de incêndio e toda a infraestrutura de utilidades e de apoio necessária à operação do CTIE.
Bio-Manguinhos vem realizando um trabalho de prospecção e identificação de novos alvos e potenciais parcerias para desenvolvimento de produtos baseados nessas plataformas.
Para viabilizar a operação e implantação sustentável do novo Centro, Bio-Manguinhos também realiza conjunto de ações voltadas ao desenvolvimento local, como a interação com a comunidade local para ações e projetos de responsabilidade socioambiental, o desenvolvimento da cadeia de fornecedores, programas de formação de profissionais e a identificação e o estabelecimento de parcerias para desenvolvimento de produtos.
O projeto está sendo desenvolvido de acordo com as melhores práticas relativas à sustentabilidade, conservação e preservação do meio ambiente, com destaque para a adoção de tecnologias sustentáveis e de acessibilidade como painéis solares para iluminação interna, reuso de praticamente 100% da água, aproveitamento de resíduos orgânicos, postos de iluminação das vias internas com placa solar, aproveitamento da iluminação natural e acessibilidade em todas as instalações.
Soma-se a isso a adoção de medidas sustentáveis e ambientalmente responsáveis durante a execução da obra, atendendo aos requisitos dos programas definidos no estudo de viabilidade ambiental realizado, necessário para a obtenção das licenças ambientais; a criação de um cinturão verde com a recuperação da área de preservação permanente às margens da Lagoa da Precabura; e um plano de gestão ambiental.
Números do Projeto
Área total do terreno: aproximadamente 220 mil m²
Estimativa de área a ser construída: 88 mil m²