Curso para ACS oferece troca de saberes na prevenção da violência nos territórios

A formação tem a participação de 20 ACS das UAPS Aída Santos e Frei Tito, ambas localizadas em Fortaleza.

Em parceria com o COVIO (Laboratório Conflitualidade e Violência da UECE), o grupo de pesquisa NóS APS Brasil, que está a frente do projeto de pesquisa investigando o impacto da violência e COVID-19 no processo de trabalho dos ACS, iniciou o curso de aperfeiçoamento “Cuidando dos Conflitos e Prevenção à Violência nos Territórios”. O objetivo do curso, que será encerrado em junho deste ano, é possibilitar aos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), espaço de diálogo e escuta para a troca de saberes, histórias de vida e de cuidado, buscando alertar sobre conflitos e prevenção à violência.

O curso tem duração de três meses, com encerramento previsto para junho de 2023.

A formação, que tem a participação de 20 ACS das Unidades de Atenção Primária em Saúde (UAPS) Aída Santos e Frei Tito, ambas localizadas em Fortaleza, propõe uma resposta às necessidades apresentadas pelos ACS na “Oficina ACS Violência e COVID” que, através da escuta qualificada realizada na Fiocruz Ceará, possibilitou um espaço de diálogo e troca de saberes, histórias de vida e de autocuidado, suscitando o lidar com os conflitos e prevenção à violência nos seus territórios de atuação.

Após a realização da oficina, o curso se propôs a oportunizar vivências preliminares dessas práticas com vistas a contribuir para o distensionamento das relações interpessoais no contexto da atividade laboral, além de possibilitar reflexão teórico-prática das metodologias de diálogo para a atuação cotidiana. “O curso faz parte do desdobramento do projeto de pesquisa que avalia o impacto da violência e da Covid-19 nos processos de trabalho e saúde mental dos ACS. O intuito é fortalecer esses agentes enquanto pessoas, tentando trabalhar e fornecer a eles ferramentas para que possam atuar numa perspectiva de um ambiente violento”, ratifica Anya Vieira Meyer, pesquisadora da Fiocruz Ceará e coordenadora geral da pesquisa sobre ACS, Violência e COVID-19.

No percurso metodológico do curso estão previstas abordagens ativas configuradas nos círculos de diálogo, habilidades de escuta pela Comunicação Não Violenta (CNV), técnicas de resolução de problemas, aulas expositivas dialogadas, vivências em grupos, situações problema e oficinas. Dentre os temas abordados, autoconhecimento, autocuidado, autoestima, resiliência e trajetória de vida.

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