33ª RAIC da Fiocruz Ceará reúne trabalhos de iniciação científica

A Fiocruz Ceará realizou, no dia 23 de maio de 2025, a 33ª edição da Reunião Anual de Iniciação Científica (RAIC), para apresentar trabalhos nas áreas de Imunofarmacologia, Vigilância Genômica, Bioinformática, Saúde da Família, Saúde e Ambiente e Saúde Digital. Na edição deste ano, as apresentações foram ampliadas em relação ao ano passado, com 20 projetos de pesquisa científica e de inovação tecnológica de universitários beneficiados pelos Programas Institucionais de Bolsas de Iniciação Científica e de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBIC e PIBITI) da Fiocruz, além de participação de bolsistas CNPq e FUNCAP. A novidade deste ano foi a inclusão de 12 estudantes do Programa de Vocação Científica (Provoc), que também participaram da mostra de trabalhos. A finalidade da RAIC é acompanhar o progresso e rendimento desses bolsistas. Especialistas externos participaram da banca que avaliou as apresentações.

Carla Celedônio, coordenadora da Fiocruz Ceará, deu as boas-vindas aos alunos, agradeceu o empenho dos orientadores e ressaltou o cunho de compartilhamento de experiências da mostra de trabalhos. “Estamos todos empenhados em formar pessoas que possam contribuir com a nossa sociedade através do conhecimento, algo caro para todos nós que fazemos ciência. Além disso, precisaremos de muitas mãos para impulsionar o Distrito de Inovação em Saúde, que se estabelece no Eusébio tendo a Fiocruz Ceará como âncora. O nosso interesse é que as pessoas formadas na região sejam absorvidas por essas iniciativas”.

O coordenador de Pesquisa e Coleções Biológicas da Fiocruz Ceará, Roberto Nicolete, também enalteceu a iniciativa de diálogo e proximidade com os jovens estudantes. “Este também é um momento marcante, de reoxigenação para nós, que estamos há mais tempo nos dedicando à pesquisa. Juntos, somos o mortorzinho que faz a ciência girar”, comemora.

A bolsista do PIBIC Adrielle Rodrigues, orientada pelo pesquisador Fernando Carneiro, apresentou sua pesquisa sobre “Vigilância Popular em Saúde em comunidades do campo e das águas do Ceará” foi uma das participou da RAIC. Em sua intervenção, ela considera que a Pesquisa-Ação Participante torna possível ter diagnósticos alinhados à realidade local para a criação de indicadores de saúde justos e que sejam eficazes. “Esse trabalho rompe com a lógica tradicional de pesquisa científica, integrando os saberes populares, história local e impactos socioambientais ampliando, assim, o conceito de saúde e incorporando outras dimensões”, defende.


A pesquisadora Anna Carolina Marinho considera participar da RAIC uma experiência transformadora, tanto enquanto orientadora quanto para os estudantes. “Enalteço a oportunidade de inserir os alunos do Provoc na RAIC, integrando-os ao ambiente acadêmico desde cedo e permitindo que vivenciem, na prática, o ciclo da pesquisa científica. A RAIC é um espaço fundamental para que esses jovens apresentem seus trabalhos, troquem ideias com pesquisadores experientes e se sintam parte da comunidade científica. A Iniciativa também consolida o que trabalhamos ao longo do ano, transformando teoria em prática e curiosidade em vocação. Parabenizo a todos os envolvidos por tornarem essa jornada possível. Que continuemos a abrir portas e a inspirar novas gerações de cientistas comprometidos com a saúde e o bem-estar da sociedade”.
As apresentações estão disponíveis aqui
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