Aula sobre os desafios da Vigilância em Saúde e Ambiente marca abertura do ano letivo da Fiocruz Ceará
A Fiocruz Ceará promoveu, na última quinta-feira (20/04), sua Aula Inaugural 2023. O encontro presencial, interrompido por dois anos pela pandemia da Covid-19, marca o início do ano letivo da instituição. E foi com entusiasmo que a comunidade acadêmica se reencontrou para discutir os novos caminhos do SUS e seu papel no controle das doenças infecciosas.
Na abertura da solenidade, a participação dos músicos da Banda Sinfônica do Eusébio alegrou os presentes com o melhor da nossa música regional. Com canções da nossa terra, dentre elas o tradicional forró, abrilhantou o encontro trazendo como a marca a força da regionalidade.
Carla Celedônio, coordenadora geral da Fiocruz Ceará, saudou os participantes enaltecendo a atividade. “Este é um momento de muita alegria e celebração, depois de dois anos sendo realizado de forma remota, estarmos novamente juntos”. A pesquisadora, que assumiu em janeiro deste ano a condução da instituição, lançou o selo em alusão aos 15 anos da Fiocruz Ceará. “Ele retrata a diversidade da Fiocruz no Estado, sob a sombra de um cajueiro, árvore que retrata a resiliência não só do bioma caatinga, mas de todo o povo nordestino”. A coordenadora aproveitou a solenidade para compartilhar também mais uma ferramenta de divulgação das ações e interação com toda a comunidade: o perfil oficial da Fiocruz Ceará no Instagram. “É uma forma de a gente chegar mais perto da população, em especialmente do público jovem”, defende. Ao citar poesia de Patrícia Valadares, que diz: “Na tarde, em silêncio, meu refúgio e meu alento, à sombra do cajueiro eu me sento”, Carla conclama todos a pensar nas preparações dos 15 anos da Fiocruz no Ceará e também na instituição “que queremos em 30 e em 100 anos no nosso Estado”, enaltece.
Wilson Savino, assessor especial da Fiocruz para a cooperação com Instituições Francesas, fez a moderação da Aula Inaugural. O pesquisador apresentou a Dra. Alda Maria da Cruz, que ministrou a aula, compartilhando informações que estão no “Lattes e que não estão”. Em sua apresentação, falou sobre as ações da pesquisadora e acrescentou contribuições dela nos campos da Educação, da Pesquisa e da Gestão. “Vale a pena para todos nós, particularmente para os alunos, perceber o que uma pessoa, através de sua trajetória, vai construindo no seu dia a dia”, considera.
Dra. Alda Maria da Cruz, diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, iniciou sua intervenção apresentando sua atuação junto ao MS, desde o momento em que recebeu o convite para assumir a secretaria, incluindo informações sobre a estrutura do departamento, suas potencialidades e desafios. “Costumo dizer que estou fazendo um Pós Doc no Ministério da Saúde, com tantos aprendizados em tão pouco tempo”.
A pesquisadora do IOC, com mestrado e doutorado em Medicina Tropical e Doenças Tropicais Negligenciadas que assumiu em janeiro deste a condução do departamento, citou algumas ações desenvolvidas neste período, dentre elas o trabalho humanitário nas terras Yanomami, ações na prevenção de doenças como a malária, parasitoses intestinais, Mpox (varíola dos macacos) e ainda das arboviroses (dengue, Chikungunya e Zika). “Temos um universo de desafios, dentre eles a interação dos diversos sistemas, o financiamento, o investimento em pesquisas, a redução da desigualdade social e a vulnerabilidade das populações”, enumera a cientista.
Após a intervenção da Dra. Alda, foi facultada a participação do público para interação, com perguntas tanto dos alunos que assistiam a aula de forma presencial quanto aos que acompanhavam através da transmissão.
Íntegra da Aula Inaugural 2023 – Dra Alda Maria da Cruz
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