Projeto Ciclo de Saúde Mental debate Ansiedade e Burnout

O encontro foi a primeira edição do projeto que irá abordar, ao longo deste ano, temas importantes sobre Saúde Mental e Trabalho.

A Fiocruz Ceará, por meio da área de Gestão de Pessoas (SGP) em parceria com a Normatel realizou, na última quinta-feira (27/04), a primeira edição do “Ciclo de Saúde Mental”, apresentando temas sobre Ansiedade e Burnout. O encontro voltado para funcionários e colaboradores das duas instituições contou com a participação das psicólogas Rebeca Araújo Bezerra e Camila Cruz, além da assistente social Janaína Oliveira. O projeto será desenvolvido ao longo do ano com outros encontros abordando assuntos como depressão, relacionamentos e assédio. A iniciativa busca ainda divulgar os serviços de acolhimento oferecidos pela Saúde do Trabalhador da Fiocruz Ceará e pelo RH Normatel.

A psicóloga deu dicas de como identificar sinais de alerta para identificar e procuar ajuda.

Em sua apresentação, Rebeca Araújo Bezerra afirma que é normal sentir ansiedade, o problema surge quando ele é excessivo. “Todos nós conhecemos alguém que sente ansiedade, em especial depois da pandemia, quando muitas pessoas desenvolveram o transtorno. Por tudo isso momentos como este são importantes, para esclarecermos e evitar que o tema seja um tabu”, defende.

A psicóloga citou sinais de alerta de que a ansiedade pode se tornar prejudicial: preocupações, tensões e medos exagerados; sensação contínua de que algo ruim vai acontecer; preocupações exageradas e constantes com saúde, dinheiro, família e trabalho e medo extremo de alguma situação em particular. Para o tratamento, medicamentos prescritos e acompanhados por especialista, psicoterapia e ainda a combinação dos dois tratamentos. Além disso, a psicóloga destacou maneiras de evitar uma crise, dentre elas o cuidado com a respiração, relaxamento, exercícios físicos, evitar substancias estimulantes, higiene do sono e terapia em dia. “Você deve ser o maior interessado na sua saúde”, considera.

A Síndrome de Burnout também foi abordada durante o encontro. Reconhecida como esgotamento excessivo no trabalho em que a saúde emocional é a mais prejudicada devido aos altos níveis de estresse, ansiedade e exaustão, a condição pode evoluir e causar outras doenças como depressão, síndrome de pânico e transtornos de ansiedade. “É fundamental que estejamos sempre em alerta às reações do nosso corpo e observando nossos familiares e amigos para identificar possíveis casos e poder ajudar”, defende Rebeca.

Através de um formulário, os participantes puderam fazer uma autoavaliação, através de um questionário.

Segundo a psicóloga situações como sobrecarga de atividades, longas jornadas sem pausas, atividades que exigem muita pressão, prevalência de contexto de muitos conflitos e problemas preexistentes como de ansiedade e depressão não tratados podem desencadear a síndrome. Ela cita ainda formas de evitar: momentos de pausa e lazer, conhecer e respeitar os próprios limites, priorizar a saúde mental manter a manter em dia a organização das atividades para evitar sobrecargas. “Fazer as coisas que a gente gosta faz bem para a nossa mente e, consequentemente, para o nosso corpo”.

Após a intervenção da psicóloga da Normatel, foi realizada uma dinâmica com os participantes. Através de um formulário, eles puderam fazer uma autoavaliação, através de um questionário. “Nunca subestime os sinais da saúde mental. Muitas vezes, os sintomas físicos são sinais de alerta de problemas psicológicos”, alerta Janaina Oliveira, responsável pela área de Saúde do Trabalhador /SGP. A assistente social reforça ainda o espaço de acolhimento no setor, sempre à disposição para ouvir e direcionar, a depender da demanda. “Temos o entendimento de que saúde do trabalhador não é custo, mas investimento. Somos uma instituição que preza pela saúde e só conseguimos promover saúde estando saudáveis”, ratifica.

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