Seguem abertas as inscrições para o cadastro de experiências em Vigilância Popular da Saúde, Ambiente e Trabalho

Ano 1 Nº02

Ainda estão abertas as inscrições para o cadastramento de experiências de comunidades e/ou territórios onde há ações em Vigilância Popular da Saúde, Ambiente e Trabalho (VPSAT). A cadastro deve ser feito através de preenchimento do formulário virtual pelo link https://ceara.fiocruz.br/participatorio/. O questionário é uma das primeiras iniciativas do Participatório, projeto apoiado pelo Edital Inova Fiocruz de Emergências de Saúde Pública com o título: “Vigilância popular da saúde, ambiente e trabalho: organizações comunitárias, serviços públicos de saúde e instituições de pesquisa atuando na defesa da vida de populações vulnerabilizadas”.

Serão selecionadas até 10 experiências, sendo cinco no Ceará e uma para cada região do Brasil para serem acompanhadas pelo Participatório, por meio de oficinas integradas que resultarão na elaboração de planos de ação de VPSAT. Fernando Carneiro, coordenador do projeto, explica que a escolha das experiências que serão acompanhadas pelo Participatório deve ser feita no início do mês de maio, assim ele ressalta a importância das experiências serem cadastradas até o final de abril.

Fernando afirma que mesmo após a seleção das 10 experiências o link para o cadastro vai ficar em funcionamento, isso porque a ideia é que as experiências continuem sendo cadastradas com o objetivo de construir um mapa no site do Participatório onde constará todas as experiências em VPSAT. O objetivo, de acordo com Fernando, é dar visibilidades a todas essas iniciativas.

VPSAT em Tocantins

Mônica Costa Barros, da Secretaria de Saúde de Tocantins, explica que um dos grandes diferenciais da experiência em vigilância popular da saúde em Tocantins é o trabalho realizado em parceria com o estado. Mônica afirma que “É fundamental para re-existência do próprio SUS essa atuação em conjunto a fim de obtermos resultados assertivos às demandas da população”.

De acordo com Mônica, o estado de Tocantins tem acolhido diversos coletivos que possuem uma variedade de enfrentamentos como, por exemplo, os impactos do agronegócio, barragens e mineração. “Entendemos que é uma responsabilidade do SUS não só acolher demandas e denúncias, mas, principalmente, atuar junto aos coletivos respeitando as necessidades e os modus operandi dessas comunidades”.

Mônica explica que a VPSAT é o exercício da cidadania de cada comunidade em que se articula e comunica sua visão e sentimentos acerca dos impactos do setor produtivo em seu meio ambiente, seu modo de vida e sua saúde. Para ela, “o Participatório é um espaço de encontros dos coletivos, com respeito aos saberes de prática da ecologia dos saberes para pensar e fomentar as políticas públicas”.

Curso

O cadastro e o acompanhamento das experiências não são as únicas ações que estão sendo desenvolvidas atualmente pelo Participatório. No dia 29 de março, teve início o curso livre “Encontros que tecem possibilidades de re-existir: experiência formativa em Vigilância Popular”.

O curso é voltado para trabalhadores e trabalhadoras do SUS, movimentos populares e sociais, populações vulnerabilizadas, membros de entidades e organizações sociais, pesquisadores e outros interessados na temática. O objetivo é compartilhar e dar visibilidade às experiências e às estratégias de Vigilância Popular da Saúde, Ambiente e Trabalho presentes nos territórios para estimular o processo de transformação de práticas no âmbito da vigilância em saúde em uma perspectiva crítico-participativa em diálogo com os trabalhadores e as trabalhadoras do Sistema Único de Saúde (SUS).

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